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NIELS HAV
( Dinamarca )
( 1949 - )
Niels Hav (Lemvig, 7 de novembro de 1949) é um poeta e contista dinamarquês. Nasceu na área rural no oeste da Dinamarca.
Estreou na literatura em 1981 com a publicação de um livro de contos, e no ano seguinte publicou seu primeiro livro de poesia, Glæden sidder i kroppen. Niels já se estabeleceu como uma voz nórdica contemporânea como autor de contos e poemas publicados em inúmeras revistas e antologias em todo o mundo, sendo traduzido para o inglês, árabe, espanhol, italiano, turco, alemão, holandês, chinês, sérvio, albanês, entre outros idiomas.
Em inglês, uma coleção de sua poesia, God's Blue Morris, foi publicada pela Crane Editions (Canadá) em 1993. Em 2006 foi publicada outra coleção de seus poemas, intitulada We Are Here, pela editora canadense BookThug. Ambas com tradução de Patrick Friesen e P. K. Brask.
Atualmente vive com sua família em Copenhague, em um dos bairros mais coloridos e multiétnicos da capital dinamarquesa. Viajou diversas vezes para Europa, Ásia, América do Norte e do Sul e participa frequentemente de festivais internacionais de poesia.[1]
Obras - Poesia
A alma dança em seu berço (Editora Penalux, 2018 - Traduzido por Edivaldo Ferreira e Matheus Peleteiro); De gifte koner i København (Jorinde en Joringel, 2009); Grundstof (Gyldendal, 2004); Når jeg bliver blind (Gyldendal, 1995); We Are Here, poems (Book Thug, Toronto, 2006 - Traduzido por Patrick Friesen & P.K.Brask); God´s blue Morris, A selection of poems (Crane Editions, 1993 - Traduzido por Patrick Friesen & P.K.Brask); Sjælens geografi (Hekla, 1984); Glæden sidder i kroppen (Jorinde en Joringel, 1982).
Biografia extraída de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Niels_Hav
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL. Ano 3, Número 5, jan./jun. 2021 Brasília, DF: Editora Cajuína,
2021. 168 p. Presidente: Flavio R. Kothe. ISSN 1674-940-905
Ex. bibl. Antonio Miranda
TRADUÇÕES DO DINAMARQUÊS por MARCOS FREITAS
As moscas
O ouriço hiberna,
quando chega o inverno.
As moscar são mais espertas,
morrem.
Confiança
O inverno é tão brutal
por isso é sempre preferível
aos pores do sol histéricos do verão
contra os quais ninguém pode proteger.
Assim como as mulheres de sábado à noite
sempre preferem
aquele vagabundo miserável, mutilado pela vida,
ao invés do cara meigo que emprestou a orelha
às suas confissões chorosas.
Eu os entendo muito bem: só as mães
e os deficientes mentais podem lidar com isso—
assim como todas as pessoas normais odeiam
os domingos de verão; especialmente ao pôr do sol.
Os mortos não têm telefones
Cartas
que ninguém escreveu
nunca chegam
A neve cobre o cemitério.
Um táxi espera do lado de fora
por dez anos.
Os mortos não têm telefones.
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Página publicada em setembro de 2022
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